Outubro Rosa Pet alerta para o câncer de mama em cadelas e gatas
17 / Outubro / 2022
Diagnóstico precoce é indispensável para o tratamento e recuperação do animal.
Assim como os humanos, cães e gatos podem ser acometidos por tumores mamários. A maior incidência é em fêmeas, sendo mais comum em cadela de 4 a 12 anos de idade e, em gatas, a partir de um ano de vida. Contudo, 1% a 3% dos casos são diagnosticados em machos. Após o diagnóstico, há possibilidade tratamento e o acompanhamento de perto pelo tutor no pós-operatório é essencial.
De acordo com a Doutoranda em Cirurgia Veterinária e professora do Centro Universitário Una, Stella Habib Moreira, a principal forma de identificação dos tumores de mama em cadelas e gatas é por meio da palpação de cada mama e entre as mamas, periodicamente.
“Qualquer pequeno nódulo ou alteração de consistência podem sugerir a ocorrência de um processo tumoral”, explica a médica veterinária.
Stella ressalta que a presença de um ou mais nódulos nas mamas ou entre as mamas, presença de secreção como leite, vermelhidão ou úlceras nas mamas, pet lambendo com frequência o local são os principais sintomas que o tutor pode perceber no animal e então, levá-lo ao veterinário.
A especialista destaca que a incidência de tumores de mama é maior em fêmeas do que em cães machos, devido a relação da ocorrência de tumores de mama com fatores ligados, muitas vezes, aos hormônios femininos.
Tratamento
Segundo a professora Stella Habib Moreira, a partir da identificação dos nódulos em mama, é crucial a realização de exames de sangue e exames de imagem, como radiografia de tórax e ultrassom abdominal da paciente.
“O tumor de mama em pets tem um comportamento muito semelhante às mulheres, assim podem disseminar para órgãos a distância. A partir dos exames dentro da normalidade, as pacientes são encaminhadas para cirurgia chamada mastectomia (regional ou radical) onde removem-se as mamas acometidas com nódulos e as que apresentam drenagem linfática em comum. O material coletado
é encaminhado para análise com o patologista veterinário, para determinar tipo histológico e grau do tumor de mama”, explica.
Stella destaca que a partir deste resultado e dos exames anteriores, determina-se a necessidade de tratamento complementar, como a quimioterapia.
Pós-operatório
Ainda de acordo com a Doutoranda em Cirurgia Veterinária e professora do Centro Universitário Una, Stella Habib Moreira, os cuidados no pós operatório são importantes para a recuperação do pet. Ela reforça que após a realização de mastectomia, é necessário repouso e restrição de espaço até a retirada dos pontos, uso de roupa cirúrgica evitando que a paciente possa lamber o local dos pontos e limpeza da ferida diariamente de forma delicada.
Também é preciso do uso correto de medicações prescritas pelo médico veterinário como antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios, estimular ingestão de água e alimento e cuidado e carinho sem moderação”, finaliza.