Queimadas trazem riscos para a saúde do homem e para o meio ambiente
 

Matéria

Queimadas trazem riscos para a saúde do homem e para o meio ambiente

15 / Setembro / 2022

Bióloga explica que elas podem causar sérios problemas respiratórias e fisiológicas na saúde humana, além das graves alterações ambientais.

 

O tempo seco e a escassez de chuvas têm tornado os dias difíceis para quem tem problemas respiratórios. E essa situação se torna ainda mais delicada pois nesta época do ano, o número de queimadas aumenta. Além dos problemas provocados na saúde humana, as queimadas ainda prejudicam o meio ambiente, colocando em risco fauna e flora. Segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no país, entre 1º janeiro e 20 julho deste ano, foram mais de 6 mil focos de queimadas nas áreas de Cerrado (4.252) e na Amazônia (2.023), superando as ocorrências do mesmo período de 2021. Minas Gerais teve mais de 2 mil casos registrados desde o início do ano.

De acordo com a bióloga, Pós-doutoranda em Ciências Farmacêuticas e professora do Centro Universitário Una, Amanda Luísa da Fonseca, as queimadas provocam sérios problemas a saúde humana, desde doenças respiratórias, até a alteração fisiológica, uma vez que o corpo humano busca a homeostasia, que corresponde o estágio de bem estar e equilíbrio interno.

“Qualquer alteração em um dos biossistemas do corpo humano, pode ocasionar em alterações fisiológicas e consequentemente o surgimento de novas doenças. Como destaque as principais alterações e doenças respiratórias causadas pelas queimadas são infecções do sistema respiratório, asma, conjuntivite, bronquite, irritação dos olhos e garganta, tosse, falta de ar, nariz entupido, vermelhidão e alergia na pele, além de desordens cardiovasculares”, explica Amanda.

A bióloga ainda destaca que qualquer alteração fisiológica preexistente no organismo pode intensificar o acometimento de tais patologias.

“Saúde, meio ambiente e cuidado são quesitos sérios os quais devemos nos atentar”, enfatiza.

Conscientização

Ainda segundo Amanda, a conscientização da população é a melhor estratégia para evitar o aumento dos números de focos de queimada, além dos riscos de

alteração climática, poluição ambiental, elas podem intensificar as consequências das doenças respiratórias.

“As queimadas alteram e podem levar a extinção de espécies de seres vivos presentes no bioma mais diverso do mundo (Cerrado). Para tanto o cuidado, respeito e compreensão dos riscos oferecidos pelas queimadas são essenciais e obrigatórios”, destaca.

Cerrado

No último domingo, 11, foi comemorado o dia do Cerrado. O bioma brasileiro, típico da região central brasileira está presente em cerca de 10 estados brasileiros, além dos países Bolívia e Paraguai. Este é caracterizado por savana, mas também por floresta estacional e campo. Considerado o bioma com maior biodiversidade no mundo, é reconhecido pelas espécies exuberantes.

Em Minas Gerais, o Cerrado sofre com os incêndios, e os mais comuns são causados pelo homem e no período de seca, como agora. Nesse bioma, os focos de maior impacto são mais frequentes e estão associados à proximidade de regiões com expansão agropecuária, geralmente, em áreas desmatadas que são usadas como pasto ou lavoura. Além destes, incêndios criminosos colocam em risco todo o bioma.

Para a bióloga, Pós-doutoranda em Ciências Farmacêuticas e professora do Centro Universitário Una, Amanda Luísa da Fonseca, além de conter e conscientizar sobre as queimadas, preservar, cuidar e não destruir, são de forma geral as propostas mínimas para cuidar do Cerrado.

“Devemos lembrar que o ser humano faz parte do ecossistema para tanto assim como os demais seres vivos deve contribuir na preservação da vida, animal e vegetal. Adotando estratégias de preservação é possível ter uma condição de vida empática com o meio ambiente”, finaliza.